Quando falamos sobre clínica psiquiátrica uma série de ideias vem a mente e a maioria não são boas, mas isso é apenas pelo desconhecimento, a ideia desse texto é justamente desmistificar essas ideias e mostrar como realmente funcionam as clínicas.
Nesse texto também explicarei o que é a internação involuntária e como funciona e como é sua relação com a internação psiquiátrica.
Esse assunto precisa ser cada vez mais discutido e explorado, pois pelo debate se é possível chegar a decisões e conclusões, neste artigo venho para tirar as dúvidas mais frequentes que surgem ao se questionar sobre o tema.
Para aqueles que estão chegando aqui pela primeira vez não se preocupe, apenas se mantenha atento e vamos para o texto!
O que é internação psiquiátrica involuntária?
A internação psiquiátrica é um tipo de tratamento para indivíduos acometidos por transtornos mentais, comorbidades ou dependência química, que tem por objetivo tirar esse paciente da crise, na ocasião em que podem colocar tanto a sua vida em risco quanto a vida de outras pessoas.
O paciente é internado em um hospital psiquiátrico onde ele tem atendimento 24 horas por dia, todos os dias da semana, alimentação, medicação e diversas atividades, sendo acompanhado por uma equipe multiprofissional especializada em saúde mental.
A equipe de profissionais trabalha com o paciente e sua família o ajudando em sua melhora e bom desenvolvimento, para que ele possa ter uma melhor qualidade de vida e ser reinserido na sociedade.
A internação promove a conscientização e aceitação do problema, trabalhando nos sinais e sintomas para que seja possível uma ressocialização.
Para que serve a internação psiquiátrica involuntária?
A internação psiquiátrica involuntária serve como uma opção a mais quando a internação voluntária não é mais possível, pois a pessoa a ser internada representa certo risco a si mesma e aos outros.
Esse tipo de internação é recomendado para casos mais graves, aqueles que necessitam de cuidados mais intensivos; assim, necessitam de um ambiente que possa oferecer de melhores condições de tratamento.
Assim intervindo na crise e controlando para que chegue a um estado estável, especialmente para aqueles em situação de crise, surto ou pré-disposição ao suicídio.
Ela serve para que o paciente se reestabeleça em seu convívio social, para que estabeleça novos relacionamentos de forma saudável e como qualidade de vida, bem como restaurando relacionamentos antigos que foram abalados pela doença.
Como funciona a internação psiquiátrica involuntária?
A internação involuntária ocorre sem o consentimento do indivíduo, ou seja, contrária a vontade do paciente, é indicada quando o dependente tem prejuízo cognitivo e dificuldade no juízo de valor e por isso perdeu a sua independência.
Além disso, ela também acontece a pedido de familiares, podendo somente ser realizada com autorização médica, ela é feita quando a pessoa corre risco de vida, ou coloca outras pessoas em risco.
Este tipo de internação somente pode acontecer se for comunicada no prazo de setenta e duas horas ao Ministério Público, o mesmo deve acontecer quando o paciente receber alta.
Quais doenças e vícios podem ser tratados em uma clínica psiquiatria involuntária?
Entre os casos de internação psiquiátrica estão: dependência química, depressão, transtornos psicóticos como exemplo a esquizofrenia, transtornos de humor como o bipolar, alcoolismo e suicídio.
Alguns outros quadros de transtorno mental extremo merecem o tratamento na clínica psiquiátrica, como: síndrome do pânico, psicose, depressão maior, crise extrema de ansiedade, transtornos alimentares e intenções e tentativas suicidas.
São passiveis de possível internação, qualquer outro tipo de transtorno mental que esteja num estado em que comprometa a funcionalidade do individuo e esteja a prejudicar ele mesmo e aos outros ao redor.
Desde que assegurado por um psiquiatra, através de um laudo que assegure que a pessoa necessita de tal método de tratamento.
Quem pode solicitar a internação psiquiátrica involuntária?
Quando a pessoa não quer se internar e a internação voluntária já não é mais uma opção, a família, responsáveis legais e profissionais da saúde podem dar entrada no processo de internação psiquiátrica involuntária.
Profissionais da saúde e assistência social podem solicitar essa internação na falta da família ou de possíveis responsáveis legais.
Quanto tempo dura uma internação psiquiátrica?
Não existe um tempo determinado de internação, pois cada caso é uma situação diferente, sendo assim, quem determina o tempo de internação é o médico e a equipe de profissionais que auxiliam o paciente no tratamento e recuperação do paciente psiquiátrico.
Geralmente, na internação psiquiátrica se faz um diagnóstico sendo possível desta forma, fazer uma previsão de quanto tempo vai durar a recuperação do paciente.
O tempo deste tipo de tratamento depende de variados aspectos, como por exemplo fatores hereditários, e a resposta do organismo do indivíduo.
Tanto a família como também o paciente precisa saber que será o médico e o próprio indivíduo que irá definir o tempo de internação, fornecendo assim a melhor maneira de tratamento possibilitando assim um bom desenvolvimento depois da internação.
O tempo de internação pode variar de alguns dias até seis meses, dependendo assim da necessidade do paciente em questão.
Quando é necessária a internação psiquiátrica?
Geralmente, a internação psiquiátrica acontece quando o paciente tem mudanças de comportamentos e emocionais que colocam em risco sua integridade física e mental, bem como das demais pessoas. Outra situação envolve tratamentos já realizados, mas que não deram bons resultados.
A internação também é indicada para oferecer um tratamento completo relacionado a transtornos mentais, mediante terapia medicamentosa e psicoterapia, colaborando para que o paciente aceite todos os procedimentos com mais naturalidade.
Confira a seguir seis situações em que a internação psiquiátrica é indicada.
1. Pânico
A síndrome do pânico está relacionada à ansiedade e surge mediante uma crise ou à ausência do tratamento correto do distúrbio. Seu processo terapêutico é realizado por medicamentos, sessões de psicologia ou psiquiatria. Quando o pânico toma conta da vida do paciente, a internação é uma boa opção para seu reequilíbrio.
2. Psicose
Problema mais grave, a psicose deixa a pessoa fora da realidade, tendo alucinações e correndo risco de machucar a si mesma e a outras pessoas. Ela é tratável com medicamentos e terapias, porém, o paciente deve ter todas as indicações. De acordo com a gravidade, também é importante a internação para que o processo seja seguido à risca até o restabelecimento.
3. Depressão maior
A depressão passa por diversas fases e cada uma é tratada de maneira diferente. Algumas são contornadas somente com terapias, outras, necessitam de medicamentos, atividades físicas, mudança no estilo de vida etc. Todavia, com o agravamento, a solução muitas vezes é a internação psiquiátrica.
4. Crise de ansiedade extrema
Nos casos mais extremos de ansiedade, os tratamentos com remédios e psicólogos não funcionam mais. Logo, o paciente em crise pode ter um ataque cardíaco e respiratório, necessitando de internação.
5. Transtornos alimentares
Anorexia e bulimia são doenças provenientes da busca pelo corpo perfeito. Pacientes que não conseguem estar dentro dos padrões da estética fazem de tudo para chegar ao seu objetivo, mas se esquecem de que cada um tem seu biotipo.
Assim, ficam desidratados, desnutridos e com desequilíbrio psicológico. Se a pessoa não faz o tratamento adequado e a doença evolui, pode, inclusive, entrar em óbito. Por isso, é relevante iniciar o tratamento o quanto antes.
6. Suicídio
A tentativa de suicídio é uns fatores mais graves que leva as pessoas à internação. Afinal, muitos praticam esse ato em situações extremas, como uma tentativa de eliminar o sofrimento. Um ponto importante é que os transtornos citados anteriormente podem em muitos casos levar ao suicídio.
Sempre observe o comportamento para que se possa buscar uma ajuda especializada:
- dialogue sobre a possibilidade de internação;
- escolha um hospital especializado na recuperação da saúde mental;
- informe-se junto à instituição sobre as normas e sobre como deve ser feita a internação;
- certifique-se de que o parente ou amigo será internado antes que a doença se complique mais.